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Brilho Eterno de uma Mente sem Lembranças (2004)

“Pensamentos avulsos para o Dia dos Namorados, 2004. Hoje é um dia inventado pelos fabricantes de cartões para fazerem as pessoas se sentire...


“Pensamentos avulsos para o Dia dos Namorados, 2004. Hoje é um dia inventado pelos fabricantes de cartões para fazerem as pessoas se sentirem como bosta.”

Pense bem: se um dia acordasse de manhã, em sua velha cama, sentido que existe algo estranho em sua vida que você nunca tinha percebido, e que você precisa tomar uma providência ou ficará louco, como uma mosca em sua mente, o que você faria? Seguiria seus instintos? Iria ao trabalho e ignoraria tudo, fingindo não haver nada? Romântico, impulsivo, desconexo e apaixonante, Brilho Eterno de uma Mente sem Lembranças irá lhe fazer pensar do começo ao fim.

Joel Barish (Jim Carrey) acorda de manhã e não vai ao trabalho. Não sabe por que, mas precisa ia para Montauk, onde conhece Clementine Kruczynski (Kate Winslet), garota por quem se apaixona a primeira vista. Ela exagerada e impulsiva, ele calado e sem graça, uma combinação interessante, não? Bom, não é assim tão simples, pois quando menos se espera uma reviravolta acontece e tudo vai ao avesso quando Joel descobre que Clementine usou um método bastante peculiar para apagá-lo da memória, culpa de uma empresa especializada no ato. Ao descobrir, Joel entra em depressão, decidindo submeter-se ao experimento assim como sua amada.

Com um dos títulos mais atraentes que eu já vi, dirigido por Michel Gondry e com roteiro escrito por Charlie Kaufman, o filme teve um orçamento de 35 milhões e conta com atores como Jim e Kate, Kirsten Dunst, Mark Ruffalo e Elijah Wood. Indubitavelmente, Kate Winslet foi o brilho de Brilho Eterno. Uma atriz esplêndida que fará com que qualquer um que assista a esse filme se apaixone instantaneamente – homens, em sua maioria, claro – pelos seus cabelos azuis, verdes e vermelhos.

Apesar do vácuo que lhe deixa certos trechos, todo ele lhe faz pensar e bolar teorias, o que eu mesmo fiz várias vezes, dando pause e voltando alguns momentos. Além do mais, são esses tais trechos que fazem da obra o que ela é: surreal. Nela conhecemos os lados bons e ruins desse casal tão fantasticamente diferente, mas estranhamente atraente.

Caro cinéfilo, se não o assistiu ainda, assista-o, mas o faça sem ler spoilers ou coisas do tipo, pois tanto a indignação no desenrolar quanto a satisfação de ter visto algo bem feito serão maiores, o que simplesmente não terá preço. Para quem curte lobotomia, surrealismo, Jim Carrey fazendo drama e Kate Winslet... Bom, de qualquer jeito, Brilho Eterno de uma Mente sem Lembranças é uma ótima pedida.


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