Chantal Akerman nasceu a 6 de junho de 1950 em meio à uma família de judeus poloneses em Bruxelas, Bélgica. Seus avós e sua mãe foram mandad...
Chantal Akerman nasceu a 6 de junho de 1950 em meio à uma família de judeus poloneses em Bruxelas, Bélgica. Seus avós e sua mãe foram mandados para Auschwitz durante a Segunda Guerra Mundial; apenas sua mãe regressou. Este é um fator de certa relevância em sua experiência pessoal, com a convivência com sua mãe se tornando um tema fundamental em sua filmografia.
Akerman relata que decidira fazer filmes após, aos 15 anos, assistir a uma exibição de O Demônio das Onze Horas de Jean-Luc Godard. Aos 18 ela ingressou no Institut National Supérieur des Arts du Spectacle et des Techniques de Diffusion, uma escola belga de cinema. Durante seu primeiro semestre, entretanto, Akerman decidiu abandonar os estudos para realizar Exploda Minha Cidade, seu primeiro curta-metragem. Akerman financiou parcialmente a produção de Exploda Minha Cidade a partir de ações que ela vendera na bolsa de valores de Antuérpia, arrecadando o restante do dinheiro necessário a partir de trabalhos feitos em escritórios. Em 1971, Exploda Minha Cidade foi premiado no Oberhausen short-film festival. No mesmo ano, Akerman se mudou para Nova Iorque e permaneceu lá até 1972. No Anthology Film Archives em Nova Iorque, Akerman ficou particularmente impressionada pelo trabalho de Stan Brakhage, Jonas Mekas, Michael Snow, e Andy Warhol, grandes nomes do cinema estrutural que viriam a influenciar boa parte do seu trabalho. Em 1973, Akerman retornou à Bélgica e, logo em seguida, ganhou o reconhecimento da crítica especializada com seus Jeanne Dielman e Eu, Tu, Ele, Ela.
Além de cineasta, Chantal é também artista plástica, com diversas instalações em audiovisual feitas em mostras como a Bienal de Artes de Veneza de 2001 e no Kassel Documenta de 2002. Ela também é escritora e conta com 3 livros publicados, sendo eles "Hall de Nuit", "Un Divan à New York" e "Une Familie à Bruxelles". Além disso, ela ainda ocupa a cadeira titular de cinema na European Graduate School. No cinema, além de diretora, ela também já trabalhou como atriz, produtora, diretora de fotografia, editora, supervisora de direção e compositora.
Chantal já recebeu o prêmio FIPRESCI no Festival Internacional de Cinema Jovem de Torino junto com o elenco de "Tours de Garçons et le filles de Leur Âge..." em 1994, o Prêmio do Júri Ecumênico no Festival de Karlovy Vary por "Um Divã em New York" em 1996 e o prêmio de Melhor Filme Francês no Lumière Awards por "Amanhã Nós Mudamos" em 2005.
Atualmente, Chantal Akerman vive em seu apartamento em Paris, França.
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