GORDON WILLIS (1931 - ) Diretor de fotografia? Quando falamos de Willis tal nomenclatura enclausura a dimensão de seu trabalho atrás das...
GORDON WILLIS (1931 - )
Diretor de fotografia? Quando falamos de Willis tal nomenclatura enclausura a dimensão de seu trabalho atrás das câmeras. Willis não é simplesmente o diretor de fotografia de uma obra. Ele muitas vezes é um co-autor do que surgirá na tela. Coppola deve grande parte do sucesso de público e crítica de “O Poderoso Chefão” a ele. Quando falo de público e crítica não falo do momento em que o filme foi lançado. Falo do efeito que possui até hoje. Notem que os olhos de Brando estão sempre anuviados, nunca o enxergamos diretamente. Ele não deixava que víssemos o que Dom Corleone pensava. Quando finalmente mergulhamos neles enxergamos o horror.
Em outros trabalhos se não fosse a compreensão sua da obra, o diretor não teria conseguido materializá-la fisicamente sem sua contribuição (“Todos os homens do presidente” e “Zelig”, principalmente . Veja Zelig e a forma como ele conseguiu captar o estilo de uma época através dos noticiários, recriando a parte fictícia igualmente. Os compostos óticos em realidade devem ser dois ou três (informação dada por Storaro), mas ele os integra ao material novo de modo exemplar. E também teve de trabalhar com um material cuja velocidade variava (16, 18, 20 ou 24 quadros por segundo). Tinha de se enxergar e perceber o efeito que provocava em quem via o material original, para então aproveitá-lo e inserir os personagens dando um efeito idêntico visualmente. E também criar cenários como se criavam quando os documentários foram realizados. E também teve de recuperar o brilho original de muito material encontrado. Quem fez isso? Willis, lógico.
Principais trabalhos:
A Rosa Púrpura do Cairo (Woody Allen - 1985)
Broadway Danny Rose (Woody Allen - 1984)
Noivo Neurótico, Noiva Nervosa (Woody Allen -1977)
Zelig (Woody Allen - 1983)
Todos os Homens do Presidente (Alan J. Pakula - 1976)
Klute, O Passado condena (Alan J. Pakula -1971)
Inimigo Intímo (Alan J. Pakula - 1997)
A fotografia dele esta entre as melhores.
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